sábado, 30 de junho de 2012

Milton, Carminho, Fado, emoção

Hoje, às 22 horas,terie a oportunidade de participar do show do Milton Nascimento em Lisboa. Trata-se do show de encerramento das Festas de Lisboa. É uma festa tradicional na cidade, que comemora os Santos Populares - Santo Antônio, São Pedro e São João - mas, também abre-se para toda uma gama de manifestações culturais.É uma festa popular: as pessoas vão para as ruas, brincam, comem, bebem, divertem-se, dançam quadrilha, paqueram...






E finalizar com um show de Milton será algo grandioso. Como muitos sabem, Millton Nascimento, músico e compositor brasileiro com quarenta e cinco anos de carreira, é um reconhecido embaixador da Música Popular Brasileira. A sua música pode definir-se como um desdobramento da bossa nova com fortes influências do jazz, do rock e da música hispano-americana. Neste regresso a Portugal, Milton Nascimento convida Ana Moura, Carminho e António Zambujo, nomes consagrados do panorama musical nacional, para uma noite de partilha entre o ritmo da música popular brasileira e a alma do Fado.




Penso que será um encontro magnifique, pois a Carminho representa a nova alma do Fado.  O fado é uma coisa muito interessante. Trata-se um estilo musical português, normalmente é cantado por uma só pessoa, o fadista, e acompanhado por viola e também pela guitarra portuguesa. De acordo com  o pessoal do Fado, sua origem se deu em função dos  cânticos dos Mouros, ou seja, dos mulçumanos que dominaram Lisboa por longo tempo e que permaneceram no bairro da Mouraria,   na cidade de Lisboa,  após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos. É uma versão, mas que não tem aceitação pelos historiadores. Para muitos trata-se de uma canção que surgiu da mistura de vários tipos de canções e culturas que desde há muito tempo vivem em Lisboa. O que é interessante, a meu ver, é o caráter de Lirismo, melancolia e solidão presentes no Fado.





terça-feira, 26 de junho de 2012

Lisboa é pura poesia! É uma cidade que inspira poesia. Atualmente moro em uma cidade que fica há 15 minutos de metrô do centro de Lisboa. Trata-se de Oeiras, uma cidade litorânea, em que da janela da minha sala contemplo o encontro do Rio Tejo com o Oceano Atlântico. Não sei se é isso, se sãos os vinhos que diariamente tenho tomado, se é o "falar" português, mas tenho sido inspirado a escrever poesias, a rever antigos poemas meus ou, ainda - e principalmente - reler alguns clássicos. Tenho lido quase que diariamente ao Pessoa e sempre vou ao Parque dos Poetas para conversar com ele. Isso me fez retomar um poema meu, muito antigo, que segue abaixo:






Lembro-me do primeiro
Encontro.
Primeiro toque
Primeiro beijo,
Olhar desconfiado, ressabiado,
Temeroso, convidativo.

Olhar claro, pele clara, sorriso claro.

Te quero, claro!

Não sou claro
Obscuro.
No escuro
Não está claro.